Antes da minha
mãe engravidar e eu ia nascer ela ganhou um cãozinho chamado Vitorio Bill. Ele
acompanhava minha mãe em tudo, ou quase tudo. Mas principalmente na gravidez.
Quando minha mãe descobriu que estava gravida, ficou preocupada, porque o
cãozinho adorava brincar com seus brinquedinhos, como a bolinha, o ursinho... E
pouco tempo antes do meu nascimento, minha mãe colocou uma cesta com meus
futuros brinquedinhos no chão do meu quarto e disse a ele que não podia mexer,
e depois de muito tempo mamãe foi no quarto e achou a cesta intacta, depois
disso Vitorio nunca mais pegou nenhum brinquedo, nem mesmo os dele.
Quando eu
estava com alguns meses minha vó fez para mim uma camisola combinado com o
bichinho que ela também fez pra mim, como o bichinho era tão esquisito. Eu o
chamava de “Monstrinho” e pensava que os monstros eram todos daquele jeito e
não ficava com medo.
Quando
eu tinha 1 aninho e pouco minha mãe, meu pai, e minha babá ficavam falando
comigo pra dizer o nome deles, como minha mãe ficava toda hora falando:
“_Filhinha, fala mamãe!”. E meu pai: “_Filhinha, fala papai!”. E minha babá:
“_Meu amor, fala Tica!”. Acho que eu estava sendo tão pressionada que
desapontei todos, porque não falei “mamãe”, nem “papai” e nem “Tica”. Falei
“Biiiiilll”. E o cãozinho foi batizado de Bill.
Em 2006,
quando eu entrei para o Colégio São Paulo encontrei não só amigas, mas irmãs, mães e pais, que me acolheram
quando eu mais precisava e ficam comigo até hoje, são amigos verdadeiros. Só
digo uma coisa, eu nunca os esquecerei, estarão guardados no meu coração para
sempre.
Quando
eu tinha 6 anos meus pais se separaram e eu fiquei bastante triste, preocupada
e com medo. Mas pra me consolar minha mãe me deu uma gatinha de pelúcia e eu a
batizei de Fina, pois era tão fininha... Ela ficou comigo nos momentos bons e
ruis, ela era minha “melhor amiga”.
Em
2008, o meu aniversário de 06 anos foi o ultimo aniversário que meu pai foi, e
o ultimo evento que ele presenciou desde a separação, depois disso ele foi na formatura do PROERD, ano passado. Mas nós
nos víamos de vez enquanto.
Na
Copa do Mundo de 2010, em uma segunda-feira feira normal, meu cachorrinho Bill
morreu, com uma parada cardíaca. Fiquei triste e chorei muito e muito mesmo. Minha
mãe preocupada comigo me deu um cachorrinho de pelúcia, igualzinho ao Bill de
verdade, e o batizou de Bill. Estou com ele até hoje.
Hoje ainda estou no Colégio São Paulo com minhas
amigas, enfrentando a vida como ela é, e
aproveitando completamente.
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